A palavra aramaica "Abba" - que significa papai - expressa muito bem quem é o verdadeiro Deus dos cristãos: Aquele que quer se relacionar conosco como o nosso Papai, o Deus que é amor incondicional...





terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Na tempestade com Deus de verdade

        
        Quando se vive com fé num deus supersticioso, num deus ritualista, num deus que promete dar somente vitórias a quem lhe for fiel, basta a vida dar a primeira pancada no suposto "novo convertido" que ele joga tudo pro alto e parte para uma nova religião, para o ateísmo, para o sincretismo ou, pior ainda, para o cinismo! 

         O que o Evangelho promete não é suspensão da realidade , é força pra suportar a realidade. Por mais difícil que seja, temos de caminhar pela fé, sem saber o que irá acontecer. O Evangelho não promete que as realidades mudarão para nos beneficiar por sermos filhos de Deus, mas que nós conheceremos dentro de nós a presença de Deus de tal modo que, pela Sua Palavra, a própria realidade vai ser menor do que aquilo que se instalou, em fé, no nosso coração! 

       O poder que Jesus nos garante não é poder pra amarrar ventos, é pra enfrentar ventos! Nosso lugar seguro está na Palavra de Jesus. Não lemos a Bíblia somente para aprender sabedoria para a vida. Ser cristão também não é obedecer regras morais! Não são dicas de como se viver bem... É certeza de que Ele vai estar conosco em meio as dificuldades da vida!

        Não é que vá aparecer dinheiro de forma milagrosa em nossa conta corrente, é que a transformação da tua vida operada por Cristo vai te trazer, aos poucos, um novo equilíbrio. E assim você vai se ver livre do consumismo que te fez se endividar. E enquanto esse processo vai acontecendo, você vai tendo forças para prosseguir sem pensar em suicídio.

        Assim como fez com Pedro, o Deus verdadeiro, que se revelou na pessoa de Jesus, nos mostra que é possível ter a experiência de andar sobre as águas, mas que é possível que tenhamos de suportar a experiência do afogamento! Mas em ambos os momentos Ele está conosco!

         Que tenhamos a benção de conseguir senti-Lo pelo caminho da vida! Amém!


sábado, 3 de dezembro de 2011

A verdadeira identidade

        

        José, um dos filhos de Jacó, acabou sendo vendido por seus próprios irmãos como escravo para os egípcios. Certamente ele chegou a se sentir um desprestigiado por estar passando por aquela humilhante situação. Mas dessa circunstância extremamente ruim, Deus tirou excelentes resultados. José tornou-se homem de confiança do Faraó quando desvendou seu sonho e ajudou o Egito a estocar alimentos para se preparar para sete anos de fome.

        José passou bastante tempo no Egito por causa disso. Usou roupas egípcias, comeu comida egípcia,  vivia misturado aos egípcios e até ganhou um nome egípcio: Zafenate-Panéia. José se tornou governador do Egito, um cargo que era subordinado direto do Faraó, maior autoridade egípcia.

       Aquele jovem que chegara àquela terra com o status de escravo, agora era braço direito de Faraó. Tinha muito poder! E o desafio para esse rapaz agora era não se esquecer de sua identidade. Por mais que ele estivesse em terra estrangeira, casado com uma estrangeira, com filhos nascidos naquele lugar, com uma cultura diferente, costumes diferentes, religião diferente, ele precisava se lembrar que ainda era José, o hebreu. Ainda que ali ele fosse chamado Zafenate-Panéia e vivesse como se fosse um egípcio, dentro de si, ele sabia que continuava sendo um filho de Yahweh, o Deus de Israel.

       Nosso grande desafio hoje, é, também, viver no "Egito", usar roupas egípcias, trabalhar no governo egípcio, numa cultura egípcia, mas não perder a identidade de "hebreu". Estamos imersos em uma sociedade de valores invertidos, cultura consumista, costumes cada vez mais contrários aos valores cristãos, mas precisamos ter consciência de que somos "José", e não, "Zafenate-Panéia". Estamos no mundo, mas não pertencemos a esse sistema do "mundo". Nossa presença em meio à sociedade é essencial, pois precisamos mostrar a todos o que é ser filho de Deus, mas não podemos nos esquecer de quem somos: peregrinos nessa terra!

           Te vejo na pátria celestial, lá é nossa casa!