Enquanto estivermos concentrados nos nossos próprios problemas, as coisas parecerão muito mais difíceis. Estranhamente a felicidade parece acompanhar aqueles que se dedicam a servir aos outros. Aqueles que se dedicam a amenizar o sofrimento dos outros. Se bem compreendo o Evangelho, não é possível servir a Deus sem que se esteja servindo ao próximo.
Não por acaso conhecemos estas palavras: "Aquele que achar a sua vida perdê-la-á, e aquele que perder a sua vida por amor de mim, acha-la-á." As pessoas mais infelizes são aquelas que vivem ensimesmadas. Gente egocêntrica, que tem um umbigo existencial praticamente sem fundo. Todos nós temos tendência a sermos assim, uns mais, outros menos. Mas sempre temos a opção de olhar para o lado.
O apóstolo Paulo foi um dos homens mais sofridos do Novo Testamento. Acusado de traidor pelos judeus. Preso, chicoteado, humilhado e sofrendo com as desconfianças dos cristãos. Os três navios nos quais viajou naufragaram. Para onde ele ia, sabia que muitas dores o esperavam, mas ainda assim ajudou a muitos e deu tremendas lições de alegria em sua carta aos filipenses.
Sempre teremos a possibilidade de ferir como fomos feridos, ou de oferecer ajuda para curar a ferida de alguém. E somente a segunda opção nos ensina o que significa "amar-mos uns aos outros". Que o amor ao próximo seja real em nossas vidas. E que nós possamos aprender a viver alegres apesar das circunstâncias, em harmonia com os outros, a exemplo da eterna harmonia do Pai, do Filho e do Espírito Santo!